‘Catastrofes naturais’

Mais de 300 catástrofes naturais fizeram, durante o ano passado, 236 mortos e afectaram mais de 200 milhões de pessoas. Estes números foram apresentados hoje no Bahrein pelo secretário-geral das Nações Unidas ao apresentar um novo relatório. Ban Ki-moon apelou aos Governos para fazerem mais e salvarem milhões de vidas.

O relatório “Redução dos riscos de catástrofe: balanço mundial 2009”, o primeiro do género produzido pela ONU, sublinha que as alterações climáticas, a degradação do Ambiente e a urbanização anárquica arriscam-se a afectar as populações de todo o mundo.

O documento adverte que milhões de vidas estão em perigo a menos que “sejam atacados os factores de risco”.

“Cada país tem a capacidade e o dever de redobrar os esforços para responder a este apelo, para prevenir as catástrofes naturais e atenuar os seus efeitos”, declarou Ban Ki-moon. Este pode ser um dos melhores investimentos que um país pode fazer, considerou.

“Convido hoje os chefes de Governo e os dirigentes políticos do mundo inteiro a investirem na redução dos riscos ligados às catástrofes naturais”, acrescentou.

No seu discurso, Ban Ki-moon salientou que “a Ásia foi particularmente afectada”, precisando que “nove dos dez países onde as catástrofes causaram perdas mais pesadas em vidas humanas encontram-se no continente asiático”.

“Todos nós sabemos que os pobres e os países em desenvolvimento são aqueles que mais sofrem com as catástrofes”, comentou, referindo-se, nomeadamente, ao Bangladesh, China e Índia.

No que concerne ao Médio Oriente, Ban Ki-moon salientou que “os países do Golfo foram, até agora poupados às catástrofes. Mas a subida do nível das águas ameaça o Bahrein, Egipto e o Djibuti”. Um número razoável de outros países árabes são afligidos por sismos e pela seca.

Resumindo o relatório, Ban considerou que preconiza, nomeadamente, “a necessidade que temos de reorientar o pensamento sobre o desenvolvimento, que deverá olhar para a capacidade de adaptação e para as medidas preventivas”.

“A redução dos riscos ligados às catástrofes pode ajudar os países a lutar contra a pobreza, a preservar o seu desenvolvimento e a adaptar-se às alterações climáticas. Este progresso pode trazer mais segurança, estabilidade e viabilidade para o nosso planeta”, concluiu.

Pesquisa: FPN-SP-BR

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1381137